Segundo fonte do clube minhoto afirmou à agência Lusa, esse resultado está em linha com o orçamentado para a época passada, somando-se, apesar disso, ao do ano anterior (2,3 milhões negativos), depois de quatro épocas de lucro.
Porém, as transferências de Santos para o Valência e de Pardo para o Olympiakos ainda não estão contabilizadas no balanço deste exercício, já que ocorreram após 30 de junho.
"Se as mesmas fossem consideradas em 2014/15, a SAD apresentaria um lucro superior a seis milhões de euros, que, aliás, é o resultado líquido estimado para a temporada 2015/16", refere a mesma fonte.
Esta projeção resulta de um orçamento na ordem dos 18 milhões de euros e rendimentos de cerca de 24 milhões, que incluem mais-valias de venda de passes de jogadores na ordem dos 13 milhões de euros, dos quais já se concretizaram cerca de 7,5 milhões.
A Sporting Clube de Braga, SAD prevê ainda para 2015/16 uma redução ao nível dos gastos com pessoal em 2 milhões de euros (cerca de 16,3 por cento), passando de 12,3 milhões para 10,3 milhões de euros.
Para o exercício de 2014/15, e apesar do resultado negativo, "foram fundamentais para o equilíbrio" das contas, as mais-valias resultantes das transações dos passes dos jogadores Éder, Zé Luís e Ruben Micael, que representam quase a totalidade dos 17 milhões de euros registados (mais valia contabilística de 10,5 milhões após o abate do passe, da dedução das respetivas comissões e em função das percentagens dos passes detidas pela SAD).
Numa época em que a Braga SAD não competiu nas provas da UEFA, registou-se um acréscimo do EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) na ordem dos 61 por cento, ascendendo a 2,9 milhões de euros, o que supera os 1,8 milhões da época anterior.
A SAD apresenta capitais próprios de aproximadamente 10 milhões de euros, originando uma autonomia financeira de cerca 27 por cento, "caso ímpar neste setor de atividade".
A SAD logrou ainda a redução do passivo bancário efetivo em 45 por cento, no valor de 3,6 milhões de euros. O passivo bancário efetivo, que era de 8,1 milhões de euros no fecho do exercício 2013/14, situava-se a 30 de junho deste ano nos 4,5 milhões de euros.
Quanto ao passivo exigível, é de registar que se encontra em linha com o montante das dívidas a receber (21 milhões de euros), "o que demonstra uma situação equilibrada do ponto de vista de tesouraria".
O valor do passivo total, que era de 24,5 milhões de euros na época passada, não foi divulgado.
Lusa/SOL