Autoridades chinesas matam 28 alegados terroristas em Xinjiang

A polícia da região autónoma chinesa de Xinjiang desmantelou um alegado grupo terrorista, abatendo 28 dos seus membros numa operação que durou 56 dias, anunciaram as autoridades locais, citadas hoje pela agência oficial Xinhua.

A 18 de setembro, um grupo armado atacou uma mina de carvão no condado de Baicheng, na prefeitura de Aksu, matando 11 civis, três polícias e outros dois membros desta força, além de ferir 18 pessoas, de acordo com um comunicado do departamento de propaganda de Xinjiang, citado pela Xinhua.

Segundo a agência, um dos alegados terroristas rendeu-se e outros 28 foram mortos numa operação policial.

A China considera os separatistas de Xinjiang responsáveis pelos conflitos na região, entre a minoria muçulmana uigur e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional.

No entanto, peritos e grupos de defesa dos Direitos Humanos consideraram que a política repressiva de Pequim relativamente à cultura e religião dos uigures alimenta as tensões em Xinjiang.

Após os atentados em Paris, a China elevou o nível de alerta terrorista e apelou a que os "separatistas uigures" sejam incluídos na luta mundial contra o terrorismo.

No ano passado, 712 pessoas foram condenadas na China por terrorismo e atividades separatistas, segundo dados oficiais apresentados durante a Assembleia Nacional Popular chinesa, que se realiza todos os anos em março.

A maioria dos casos ocorreu em Xinjiang, mas houve também um atentado na Praça Tiananmen, em Pequim, e outro na estação ferroviária de Kunming, no sudoeste da China.

Lusa/SOL