Em entrevista ao SOL (que pode ser lida na íntegra na edição em papel já nas bancas), o artista disse que a sua música "não é feita para prémios", mas a receber algum "o Mercury é o único" que ambicionou. A pouco mais de uma semana da cerimónia (quando falou com o SOL por telefone), Benjamin disse estar "um pouco nervoso" com a aproximação do prémio, até porque alguns dos vencedores anteriores, como Antony and the Johnsons, são uma das suas grandes referências.
Ao receber esta noite a distinção, o músico fez um discurso bastante emocionado e, inclusive, chorou. "Ainda não acredito que ganhei", começou por dizer, para depois acrescentar: "Nunca pensei dizer isto, mas se alguém me está a ver, seja uma criança ou um jovem estudante, o 'mundo é a vossa ostra'. Não se inibam e alcancem o que quiserem".
Por fim, Benjamin Clementine dedicou a distinção às vítimas dos ataques de Paris, e foi nesse momento que não conseguiu conter as lágrimas. Foi na capital francesa que o músico foi descoberto, quando vivia como sem-abrigo e cantava no metro de Paris.