O homem, citado numa declaração do promotor de Paris encarregado da investigação aos atentados, fez-se explodir na sexta-feira no Stade de France, na periferia norte de Paris.
De acordo com o comunicado, o homem-bomba foi "formalmente identificado como um indivíduo cujas impressões digitais correspondem às registadas durante um controlo realizado na Grécia a 03 de outubro".
Entretanto, o governo grego insurgiu-se hoje contra o Ministro do Interior francês, segundo o qual Abdelhamid Abaaoud, um dos alegados cabecilhas dos atentados em Paris, tinha passado recentemente pela Grécia.
Em comunicado, o governo grego afirma que não há evidências dessa presença e "lamenta" que o ministro Bernard Cazeneuve tenha afirmado que um "serviço de inteligência exterior à Europa" informou a França de que Abdelhamid Abaaoud passou por território grego.
"Até o momento, nenhuma autoridade tem a menor evidência que confirme essa afirmação, inteiramente baseada em artigos de jornais de janeiro", contesta a tutela grega, que solicita às autoridades francesas que "façam publicamente a correção apropriada".
Segundo fonte próxima da investigação aos atentados, as informações partiram da Turquia, tendo o ministro francês lamentado não ter recebido "nenhuma informação de países europeus" sobre a passagem de Abaaoud.
A possível ligação entre a Grécia e Abaaoud surgiu em janeiro, no âmbito de uma investigação belga que o visava.
Com base no material fornecido pelos belgas – um nome, uma foto e um número de telemóvel – foram feitas duas detenções em Atenas, mas não foi possível estabelecer relações entre Abaaoud e os detidos, tendo pelo menos um deles sido libertado.
Lusa/SOL