Abaaoud foi filmado a entrar na estação Croix-de-Chavaux, linha 9, em Monteuil (Saint-Denis), às 22h14 de sexta-feira. A informação, avançada pela estação belga BFMTV, foi depois confirmada ao L’Express por uma fonte da investigação.
A presença de Abaaoud àquela hora, naquele local, apoia a tese de que ele seria o terceiro elemento do comando jihadista que atacou os cafés na noite de 13 de novembro, entre as 21h25 e as 21h40.
Testemunhas tinham falado de um terceiro homem – além dos irmãos Brahim, que se fez explodir sem vítimas, e Salah Abdeslam, ainda a monte. E o carro usado nos ataques, um Seat Leon preto, com três Kalashnikovs e munições, foi detetado na manhã de domingo a 250 metros da mesma estação de metro onde Abaaoud foi filmado, e nas proximidades do apartamento onde Abaaoud seria morto pelas autoridades dias depois.
Abatido na operação policial de quarta-feira num apartamento em Saint-Denis – embora só tenha sido identificado no dia seguinte –, Abaaoud era considerado pelas forças de segurança o cérebro dos ataques parisienses (e de outros, frustrados ou evitados em solo gaulês). Mas o jovem de 28 anos, criado em Molenbeek, estaria na Síria, segundo as primeiras informações avançadas. Cruzamento de dados, escutas telefónicas e uma dica à Polícia levaram as autoridades à casa na Rue du Corbillon, onde foram disparados mais de 5 mil tiros e Abaaoud recuperado com o corpo “crivado de projéteis”, segundo comunicado do procurador parisiense.