Contudo, a célula 'jihadista' que preparou este atentado – que foi evitado, mas que ocorreria apenas quatro dias depois dos de Paris, dos quais resultaram 130 mortos – continua em liberdade e poderia perpetrar ataques, adianta a mesma fonte ao jornal alemão.
O plano era detonar três bombas no interior do estádio IDH Arena enquanto decorria o jogo de futebol amigável entre a Alemanha e a Holanda, outra numa paragem de autocarro e uma última numa estação de comboios, segundo informações dos serviços secretos franceses comunicadas aos homólogos alemães.
A informação dos serviços secretos franceses incluía as identidades dos suspeitos, mas que até agora estão fora do radar dos serviços secretos alemães, que entretanto aumentaram a vigilância aos 'jihadistas' considerados perigosos com o objetivo de encontrar os suspeitos.
O jornal alemão "Hannoversche Allgemeine Zeitung" já avançou na última sexta-feira, citando os serviços secretos franceses, que a célula 'jihadista' que alegadamente pretendia atacar durante o jogo amigável Alemanha/Holanda era composta por cinco pessoas e queria detonar cinco explosivos.
Este jornal alemão também assegurava que o líder desta presumível célula tem nacionalidade alemã, mas não dava mais pormenores sobre as identidades dos outros elementos.
A Procuradoria-Geral alemã assumiu na última quinta-feira a investigação da suspensão do jogo de futebol na terça-feira por ameaça 'jihadista' por um presumível delito de formação de associação terrorista.
O encontro foi suspenso à última da hora por "indícios concretos" de que ia ocorrer um ataque com "explosivos", segundo a polícia de Hanover.
O Governo alemão apoiou por unanimidade a decisão da suspensão do jogo, hora e meia antes do início previsto, mas sem querer entrar em detalhes.
As forças de segurança alemãs, que destacaram um forte dispositivo em Hanover devido ao jogo, não se apreenderam quaisquer explosivos – apesar de vários falsos alarmes – nem fizeram qualquer detenção.
O FAS indica que a célula perante o alerta reservou as bombas para outra ocasião.
Lusa/SOL