Fontes do Ministério do Interior indicaram que 300 agentes serão destacados para as escolas na região de Bruxelas, enquanto os outros 200 garantirão a segurança nas estações de metro, para auxiliar a polícia de Bruxelas, que terá assim o apoio da polícia federal e de agentes policiais de outras regiões do país.
Na segunda-feira, o Conselho Nacional de Segurança decidiu manter o nível de alerta máximo ("4") na região de Bruxelas, devido a uma ameaça "séria e iminente" de ataques terroristas, mas, ao mesmo tempo, decidiu reabrir na quarta-feira as escolas, que estiveram encerradas na segunda-feira e hoje, assim como o metro, que não funciona desde sábado, e reabrirá "de forma progressiva".
Na segunda-feira, por ocasião da reunião do Conselho Nacional de Segurança para reavaliar a situação, os autarcas das 19 comunas que compõem a região de Bruxelas haviam pedido ao Governo federal belga um reforço de 288 polícias suplementares para apoiar a reabertura das 745 escolas da região, reivindicação que foi então atendida pelas autoridades, que destacarão mais 300 agentes.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, havia garantido na ocasião que haveria medidas suplementares para garantir a segurança de alunos e professores nos estabelecimentos de ensino de Bruxelas.
A capital da Bélgica e da União Europeia encontra-se desde a madrugada de sábado sob alerta máximo, devido ao que as autoridades belgas classificam como um risco "sério e iminente" de atentados com recurso a armas e explosivos em diferentes pontos da cidade, à imagem dos ataques de 13 de novembro em Paris, reivindicados pelo Estado Islâmico, que provocaram 130 mortos.
A polícia belga tem conduzido nos últimos dias uma série de operações antiterroristas, mas o homem mais procurado, por alegado envolvimento nos ataques de Paris, Salah Abdeslam, continua em fuga.
Lusa/SOL