Em comunicado, os ambientalistas dizem que verificaram “uma tubagem a despejar um grande caudal de água de cor escura e com cheiro fétido para a linha de água”. E, continua a nota, “segundo o testemunho de um proprietário de terrenos próximos à descarga, quando chove mais, a água transborda do ribeiro, ficando os terrenos circundantes inundados” com a mesma.
Esta linha de água, sublinha a associação ambientalista em comunicado, “descarrega a poluição recebida diretamente no rio Tâmega”. E continua: “os efluentes vêm de empresas no Parque Empresarial do Município de Chaves, acontecem “há mais de sete anos” e o “município de Chaves já foi, por várias vezes, informado por escrito deste crime ambiental, em diversas denúncias formuladas por cidadãos”.
A câmara não será a única entidade pública informada sobre as descargas. Segundo os ambientalistas, todas as entidades públicas competentes em matéria defesa do ambiente: a “Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a Agência Portuguesa do Ambiente e a Inspeção-Geral dos Ministérios do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia e da Agricultura e do Mar também já têm conhecimento desta situação”.
Condenando a “passividade” das entidades competentes face a uma situação que ocorre “às claras e descaradamente”, a Quercus salienta ainda que, além das linhas de água que colocam “em causa a saúde pública das populações”, este crime ambiental “também contamina os solos, pondo em causa a “qualidade e sanidade dos produtos agrícolas aí produzidos”.
A associação apela “ao município de Chaves e à Agencia Portuguesa do Ambiente que ponham cobro imediatamente a esta situação e que cancelem as licenças de descarga em meio hídrico das empresas poluidoras”.
sonia.balasteiro@sol.pt