Até dia 30, o sumo pontífice vai visitar o Quénia, o Uganda e a República Centro-Africana, três países onde as comunidades cristãs estão na defensiva perante os movimentos 'jihadistas', como as milícias 'shebab' somalianas (nomeadamente após o massacre no Quénia de 150 estudantes na universidade de Garissa em abril do ano passado) ou o Boko Haram.
Em Nairobi, capital do Quénia e primeira paragem de Francisco, o papa vai discursar na sede do Programa da ONU para o Ambiente e ONU-Habitat, uma intervenção muito esperada e que tem lugar alguns dias antes do início da conferência sobre alterações climáticas em Paris (COP21).
No Uganda, no santuário de Namugongo, o papa vai celebrar uma missa comemorativa dos primeiros santos africanos, 22 jovens mártires cristãos, como Charles Lwanga, queimados vivos no final do século XIX por ordem do rei Mwanga, de quem eram pajens e recusaram ser escravos sexuais.
No domingo, dia 29, terá lugar a abertura de uma "porta santa" na catedral de Bangui, capital da República Centro-Africana, onde se têm verificado episódios de violência entre milícias muçulmanas e cristãs, o que é visto como uma antecipação simbólica da abertura oficial, em Roma, do "Jubileu da misericórdia".
Antes do início da viagem ao continente africano – para qual estão previstas reuniões com pobres, jovens, cristãos e também com muçulmanos – o papa Francisco pediu que a paz e a prosperidade se tornassem estáveis em África.
Lusa/SOL