A chanceler alemã, Angela Merkel, prometeu na quarta-feira em Paris contribuir para o combate ao Estado Islâmico. Hoje reuniu os ministros do governo da área da Segurança e Defesa e, à tarde, reúne-se com os principais grupos parlamentares.
"A Alemanha vai ter um papel mais ativo", afirmou Henning Otte, porta-voz para a Defesa do grupo parlamentar da CDU/CSU (União Democrata-Cristã e União Social-Cristã da Baviera) num comunicado.
Até agora, o apoio da Alemanha à coligação internacional que combate os 'jihadistas' traduziu-se no fornecimento de armas e no treino das forças curdas iraquianas que combatem o Estado Islâmico.
"Não só vamos reforçar a missão de treino no norte do Iraque, como vamos aumentar a nossa contribuição para a luta contra o terrorismo do Estado Islâmico com, entre outros, Tornados RECCE de reconhecimento", precisou Otte.
Os grupos parlamentares da CDU/CSU e do Partido Social-Democrata (SPD), que integra a coligação governamental, vão reunir-se às 17:00 (16:00 em Lisboa) para discutir o apoio a França no combate ao grupo extremista.
A Alemanha do pós-guerra tem sido tradicionalmente relutante no envio de tropas para o estrangeiro, tendo apenas participado em missões da ONU nos Balcãs e na coligação da NATO no Afeganistão.
"O Estado Islâmico apenas pode ser derrotado militarmente, pelo que não se pode pôr nada de parte quando nos empenhamos na luta contra o terrorismo islamita", disse Otte, acrescentando que todos os pedidos da coligação que combate os 'jihadistas' e por França "têm de ser avaliadas com a mente aberta".
Lusa/SOL