"A ideia é salientar que a cidade tem de ser cuidada por todos e que temos de a tratar como se fosse a nossa casa, mantê-la limpa como se fosse a nossa casa", afirmou esta manhã o vereador do Ambiente, Filipe Araújo, no jardim da Cordoaria, onde foi montada uma sala de estar em plena via pública.
Segundo o vereador, esta campanha de sensibilização ambiental abrange os princípios da separação de resíduos, da deposição destes nos contentores e não na via pública e à hora certa, ou seja, o mais próximo possível dos horários de recolha.
"Abrange uma consciência cívica de que a cidade tem de ser tratada por todos", frisou Filipe Araújo, adiantando que a campanha inclui a distribuição de um panfleto informativo que será distribuído com a fatura da água.
O vereador destacou que a recolha de resíduos é feita na cidade a partir das 20:30, sendo que o que se pretende é que os munícipes tenham o cuidado de evitar deixar o saco de lixo à porta de casa.
"A sacaria [à porta de casa] tem problemas de salubridade, alguns animais alimentam-se disso", como as gaivotas, alertou, acrescentando que o desejo da autarquia é que as pessoas usem os contentores de lixo que existem em todas as zonas da cidade.
Mas também quem visita o Porto deve ter cuidados na via pública, não deitando lixo ou beatas para o chão.
No folheto que a autarquia distribui no âmbito desta campanha lê-se que, "nas suas rondas, cada colaborar municipal recolhe quatro toneladas de resíduos por dia, o equivalente a levantar um 'tuk-tuk' mais de quatro vezes".
O folheto alerta também para o facto de "a distância que cada um dos camiões de recolha de lixo indiferenciado percorre por dia" equivaler "a dar quatro voltas à Via de Cintura e Interna".
Certo é que, lê-se ainda, a autarquia recolhe durante um mês "suficientes resíduos sólidos para encher o Estádio do Dragão à altura das balizas" e que, durante um ano, "são varridos, mecânica e manualmente na cidade do Porto, cerca de 165 mil quilómetros", distância que "daria para percorrer mais de quatro voltas ao planeta Terra".
No cenário montado hoje no jardim da Cordoaria, dois atores limpavam os móveis da sua sala com afinco e convidavam quem por lá passava a participar na limpeza de "O Porto é a nossa casa".
Outros cenários de divisões de casas serão montados durante os próximos dias no âmbito desta campanha nas zonas da Foz e da Trindade, por exemplo, porque o objetivo é "trazer o ambiente de casa para a rua", mostrando que o Porto é de facto "a nossa casa e que é preciso preservá-la".
"O civismo tem de imperar e a cidade tem de se tornar limpa. O esforço que a Câmara conduz todos os dias é muito grande e que com a contribuição de todos poderá ser muito melhor", concluiu o vereador do Ambiente.
Lusa/SOL