As autoridades de Havana já tinham aprovado esta medida em outubro de 2012, mas decidiram recuar meses mais tarde, em janeiro de 2013, depois da entrada em vigor de uma nova lei migratória que autorizava os cubanos a viajarem livremente para o estrangeiro pela primeira vez em meio século.
Numa declaração publicada no jornal oficial Granma, o governo cubano informou que vai voltar, a partir da próxima segunda-feira, "a aplicar as normas estabelecidas no decreto 306, de 11 de outubro de 2012, para as viagens ao estrangeiro, por motivos pessoais, dos médicos".
Os médicos cubanos terão agora de pedir autorização antes de qualquer deslocação ao estrangeiro e aguardar um período de pelo menos cinco anos se quiserem deixar, de forma definitiva, aquela ilha caribenha.
Havana assegurou, no entanto, que esta medida "não significa que os médicos especialistas não possam viajar ou residir no exterior".
As autoridades cubanas realçam, porém, que muitas especialidades médicas "foram seriamente afetadas" pela saída destes profissionais.
O recente processo de aproximação entre Cuba e os Estados Unidos gerou, nos últimos meses, um movimento de emigração de cubanos.
Segundo o instituto de sondagens Pew Research Center, que cita dados oficiais norte-americanos, 27.296 cubanos entraram nos Estados Unidos entre setembro de 2014 e junho de 2015, o que representa um aumento de 78% num período de um ano.
Lusa/SOL