“Estamos a analisar tudo e como melhor servir o Porto. É um mercado muito importante para nós. Não vamos deixar de ir ao Porto”, assegurou aos jornalistas, à margem do congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre até domingo em Albufeira.
E salientou que dos proveitos anuais da TAP, que superam os dois mil milhões de euros, cerca de 226 milhões estão associados ao mercado do Porto.
“Não é dinheiro para jogar fora. Podem ter a certeza disso”, garantiu.
A polémica em torno da presença da TAP no aeroporto do Porto surgiu depois de o presidente da câmara do Porto, Rui Moreira, ter denunciado que a companhia pretende abandonar os voos de longo curso que tem à partida do Sá Carneiro.
Durante a sua intervenção, e perante uma plateia de agentes de viagens, Fernando Pinto já tinha desmentido essa intenção.
“Vimos as notícias e imediatamente corremos para dizer que não se confirma. Não confirmamos, não existe isso. Estamos a fazer uma reanalise da malha como um todo”, afirmou, embora reconhecendo que, no Porto, onde a Ryanair lidera, a TAP tem sofrido a concorrência das low cost e também não tem a força que tem em Lisboa, onde opera o seu hub.
“Temos de ver a estratégia para conseguir consolidar. Mas temos um enorme respeito pelo Porto”, realçou.
Aos jornalistas, Fernando Pinto revelou ainda estar a trabalhar num plano de negócios para a TAP, agora maioritariamente privada, a executar até 2022.
Nesse âmbito, descartou despedimento de trabalhadores, reiterou que a frota da Portugália será renovada e prometeu novidades quanto a mais destinos da companhia.
Confirmou ainda que há intenção de vender e voltar a arrendar (sale and leaseback) do terreno próximo do aeroporto de Lisboa onde funciona a TAP
Sobre esse negócio, o gestor indica que “não muda nada para a TAP. A TAP continua nos seus terrenos e nas suas instalações, com a sua manutenção e tudo o resto. Apenas vai encaixar um determinado valor”.