“O nosso pessoal vai ter uma participação nos resultados da empresa e isso é muito importante dentro deste processo [de relacionamento com os sindicatos]. Duvido que vá ter greves na TAP. Pode haver, é a vida. Mas temos muito mais chances de nos entendermos”, afirmou o gestor brasileiro, que chegou à companhia em 2001 e foi escolhido pelos novos donos para se manter à frente do grupo aéreo.
“Hoje a situação é completamente diferente no relacionamento [com os sindicatos]. Temos um futuro pela frente e vamos pensar juntos nesse futuro”, realçou Fernando Pinto, na sua intervenção durante o congresso da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre até domingo, em Albufeira.
Nessa lógica, deu exemplo da relação que a Barraqueiro, controlada por Humberto Pedrosa – que é também o sócio maioritário do consórcio dono da TAP, a Atlantic Gateway – tem com os seus colaboradores.
“Os dois novos sócios [Humberto Pedrosa e David Neeleman] têm uma relação muito boa com o pessoal”, frisou.
“Dentro do contexto europeu, finalmente somos uma empresa normal”, realçou ainda, aludindo à maior possibilidade de ter acesso a capital. Enquanto empresa pública, a TAP não podia receber injeções de dinheiro do Estado português porque as regras comunitárias não o permitem.
“Finalmente temos tesouraria, capital e planos para o futuro, um futuro de longo prazo”, garantiu, detalhando que os novos aviões começam a chegar “no final de 2017,início de 2018”, num processo que deverá estar concluído em 2022.
Com os novos aparelhos A330 neo, avançou, ”abre-se uma janela de oportunidade”, quer permitirá explorar novas rotas no continente americano, mas também em África e no Leste europeu.