Segundo a Lusa, à saída de uma reunião dos ministros do Emprego e Assuntos Sociais da União Europeia, José Vieira da Silva ressalvou que esta é uma questão que desde sempre gerou discordância com os parceiros sociais, mas afirmou que "o Governo não deixará de explorar todas as hipóteses para que o seu objetivo e o seu compromisso com os portugueses e as portuguesas de recuperar uma trajetória de crescimento do salário possa também ser suportado com um acordo de concertação social".
Recorde-se que, para quinta-feira, está agendada uma reunião de concertação social para discutir o aumento progressivo do salário mínimo nacional até atingir os 600 euros – a CGTP já anunciou a sua discordância.
"Faremos todos os esforços para que isso aconteça, mas obviamente que a última palavra, como sempre aconteceu ao longo da história do nosso salário mínimo, depende sempre do Governo”, disse Vieira da Silva, acrescentando que acredita que haja “espaço de manobra” para dialogar com os vários parceiros sociais.
De regresso aos Conselhos ministeriais da União Europeia, Vieira da Silva afirmou que foi recebido “com toda a naturalidade”: “Eu julgo que os parceiros europeus estão mais tranquilos do que nós possamos pensar. Às vezes é mais na nossa casa que nós nos pomos a imaginar os problemas que outros sentem, mas não; foi um contacto muito natural”.