Os preços do petróleo continuam a cair nos mercados internacionais. Esta segunda-feira, por exemplo, o West Texas Intermediate negociou abaixo dos 35 dólares por barril, um cenário a que não assistíamos desde 2009.
Já na sexta-feira passada, o petróleo que serve de referência para as importações nacionais negociava nos 37,68 dólares por barril, valor que representa o patamar mais baixo desde o final de 2008.
Recorde-se que a Agência Internacional de Energia (AIE) já tinha deixado o alerta no seu relatório mensal: o excedente de oferta de petróleo vai manter-se no próximo ano. Não ficando de fora a hipótese de se poder vir a agravar.
A agência, que presta aconselhamento a 29 países, justificou essa perspectiva com um esperado abrandamento da procura, somado a uma maior oferta.
Em relação a esta oferta é importante recordar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) já anunciou que aumentou a produção de petróleo em Novembro para 31,7 milhões de barris diários, o que representa um aumento da oferta para o valor mais elevado desde 2012.
Já a procura global de petróleo, de acordo com a AIE, deverá crescer em 1,2 milhões de barris/dia durante o próximo ano, um valor que fica aquém da subida alcançada este ano: 1,8 milhões de barris/dia.
É importante lembrar que, em Agosto deste ano, os analistas já olhavam com preocupação para o preço do "ouro negro". Isto porque, nesta altura, os países produtores de petróleo garantiam que não fazia sentido diminuir a produção e que, por isso, essa hipótese estava fora de questão. Uma guerra que se instalou em torno do preço do petróleo, que já nesta altura se dizia estar a viver o pior Verão de sempre.