A notícia foi avançada pelo Diário Económico, que afirma que o grupo dinamarquês é a “segunda baixa” no que toca aos maiores armadores mundiais, depois de a Hapag-Lloyd ter passado para o porto de Leixões até ao fim da greve dos estivadores (31 de dezembro).
O jornal refere que a decisão da Maersk terá consequências negativas na movimentação de cargas do porto de Lisboa não só em 2015, mas também em 2016.
O presidente da Associação de Agentes de Navegação já reagiu à saída da Maersk. António Belmar da Costa considerou que a saída do grupo dinamarquês “é um prejuízo para país” e coloca em causa a viabilidade da instituição.
“A associação tinha conhecimento desde a semana passada de que o grupo iria sair do Porto de Lisboa. Temos muita pena do caminho que a situação está a levar. Isto é um desastre para Lisboa”, disse à Lusa o presidente da AGEPOR. Ao Económico disse ainda que "neste momento, ainda é impossível quantificar os impactos destas decisões dos maiores armadores mundiais".
Belmar da Costa explicou que, há muitos anos, que o Porto de Lisboa não tem oferecido garantidas de estabilidade. “Chega-se a esta altura e temos quase sempre situações de greves. O pior é que não se vislumbra um fim para isto. Obviamente que os armadores, não tendo confiança, vão paulatinamente abandonando o porto de Lisboa e não foram só a Maersk e a Hapag-Lloyd há duas semanas. Têm sido vários a abandonar o porto de Lisboa”, acrescentou.
O Diário Económico recorda ainda que a Maersk está integrada no grupo A. P. Moeller, um dos potenciais investidores no projeto para o terminal de contentores do porto de Lisboa, que o governo de Passos Coelho apontou para o Barreiro – uma intenção que poderá estar em risco.