Segundo a medição de audiências feita pela Mediamonitor, uma média de um milhão e 400 mil portugueses (28,5% de share) viram na segunda-feira as explicações do ex-primeiro-ministro sobre as imputações que lhe são feitas pelo Ministério Público – audiência que desceu ligeiramente para um milhão e 300 mil (27,2% de share) no dia de ontem.
A polémica
Cada parte da entrevista durou uma hora. Os moldes em que decorreu estão, entretanto, a dar polémica, uma vez que Sócrates não foi confrontado com uma série de factos – como, por exemplo, o facto de ter recebido em numerário, em envelopes, parte do dinheiro (um milhão de euros) que diz ter sido um empréstimo do amigo Carlos Santos Silva.
Ontem, em artigo no DN, o diretor de informação, Sérgio Figueiredo, revelou que a entrevista foi antecedida de uma longa negociação com Sócrates. José Alberto Carvalho, por seu turno, diz hoje no DN: “Numa entrevista como esta, a opinião que temos sobre José Sócrates é completamente irrelevante. Ele já foi julgado e isso é indiscutível. O jornalista não é juiz nem a televisão é o tribunal. Estamos apenas a fazer o nosso trabalho”.
No Facebook, Manuela Moura Guedes, antiga pivô e subdiretora de informação da estação, não poupou nas críticas: “O Jornal das 8 da TVI, para além de espetáculos de música, concertos, como eles dizem, com assistência a bater palmas e tudo, também tem verdadeiras pérolas de ficção em capítulos. Toca mesmo a comédia a peseudoentrevista para limpeza de imagem de uma criatura mitómana que está mergulhada em sucessivos casos suspeitos de ‘mão na lata’”.
SOL