O advogado da arguida já afirmou que vai recorrer da decisão.
Segundo a Lusa, o intuito da mãe ao atirar-se com o menino era morrerem os dois. A mulher sobreviveu, mas o menor morreu por asfixia porque não sabia nadar. O seu corpo foi encontrado dois dias depois.
A mãe já tinha sido condenada a cinco anos de prisão, com pena suspensa, mas o Ministério Público recorreu da decisão. Após o Tribunal da Relação do Porto ter mandado repetir o julgamento, esta confessou que a sua intenção era matar-se juntamente com o filho, mas que “perdeu a coragem”.
“O menino andava sempre doente com amigdalites, eu não aguentava mais vê-lo sofrer. Então, decidi atirar-me ao rio Douro com ele, mas ao chegar lá perdi a coragem. Tive medo, e, de repente, ele largou a minha mão e caiu à água. Atirei-me para o salvar, mas não consegui”, afirmou em tribunal, acrescentando que estava “muito perturbada e deprimida” por ver o menor sempre doente e quis acabar com o seu sofrimento.
“Ele estava sempre a chorar, com dores, em pânico, eu não aguentava mais, depois achava que o meu marido não se interessava por nós, só pensava no trabalho, não tinha apoio em casa”.
A arguida disse ainda ter deixado bilhetes em casa a explicar o que ia fazer na esperança que alguém a impedisse, mas ninguém apareceu. “Estive toda a noite, até ser encontrada de manhã, na água, deitada numas rochas. O meu filho era o meu mais que tudo, só queria estar com ele 24 horas por dia".