O grupo Lena fez, em dezembro de 2014, diversas diligências para tentar estancar as notícias que o SOL publicava sobre a Operação Marquês. E, para travar a informação, chegou mesmo a equacionar uma investigação ao jornal.
Segundo uma fonte próxima do grupo, a notícia que o SOL deu em primeira mão sobre a detenção de José Sócrates, no dia 21 de novembro, pôs os seus gestores em polvorosa. O mesmo aconteceu com a matéria publicada uma semana depois sobre as suspeitas do Ministério Público (MP) de que parte da fortuna acumulada em offshores na Suíça resultava de ‘luvas’ do Grupo Lena.
A primeira reação resumiu-se a comunicados de imprensa em que se garantia, erradamente, que as buscas efetuadas por esses dias à sede do grupo, em Leiria, «nada tinham a ver com a atividade empresarial». Afastavam-se, assim, dos factos investigados no processo. Era ainda negado qualquer favorecimento por parte dos Executivos do governante socialista ao seu universo empresarial. «O Grupo Lena assegura que nunca foi a ‘empresa do regime’ de qualquer governo, seja ele qual for», salientaram no documento.
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