Abdi Mohamud Abdi, um dos passageiros que se encontrava no autocarro na altura do ataque, no nordeste do Quénia, disse à Reuters que os terroristas entraram na camioneta e ordenaram a separação entre cristãos e muçulmanos. Estes últimos não obedeceram: "Até demos a alguns dos não-muçulmanos a nossa roupa religiosa para vestirem no autocarro para não serem tão facilmente identificados. Ficámos todos muito juntos", contou.
"Os atacantes ameaçaram matar-nos, mas nós recusámos [ajudá-los] e protegemos os nossos irmãos e irmãs. Finalmente desistiram e foram embora, mas avisaram que voltariam", recorda um dos passageiros muçulmanos.
Os factos foram confirmados à Reuters pelas autoridades locais. Mesmo assim, o grupo terrorista conseguiu matar duas pessoas e ferir quatro, revelou a polícia queniana.
A Al-Shabab, grupo sediado na Somália, afirma que vai continuar a atacar o Quénia até as suas tropas da força da União Africana, que combatem os terroristas, sejam retiradas.