Tenho duas perguntas a fazer:
O que o faz pensar que sou jornalista?
Entre Estaline e Hitler, venha o Diabo e escolha. A haver um único “premiado”, eu escolheria ser Estaline, que foi o único aliado do Hitler que ganhou a guerra. A URSS e a Alemanha foram aliados entre 1939, o que permitiu a Hitler iniciar a II Guerra Mundial atacando a Polónia, que se viu duas semas mais tarde atacada pela retaguarda pela URSS. Ainda hoje a Polónia tem muito menos território que tinha em 1939.
Aproveitando a ocasião, a URSS anexou os países bálticos, tentou anexar a Grécia, sem sucesso, e lançou a “Cortina de ferro” que, como Churchill a batizou, que iria dividir a Europa durante 40 anos. A aliança URSS – Alemanha acabou em 1941, com o ataque da última à primeira.
Mas, como entretanto a URSS se desintegrou, mas mantém-se a maior potência terrestre mundial, e mantém o seu arsenal nuclear que a torna inexpugnável, a ser forçado a escolher, eu escolheria o assassino em massa Estaline. E não é por razões estéticas. É porque foi um vencedor em quase toda a linha, embora usando métodos atrozes.
Cuidado, muito cuidado
Numa carta esta semana divulgada pelo SOL, António Costa prometeu tudo a quase todos. Dois milhões de pensões imediatamente aumentados; eliminação progressiva da sobretaxa do IRS; aumento gradual, em 25% por trimestre, dos salários dos funcionários públicos.
Terá Portugal recursos para aguantar estes aumentos durante alguns meses, um ano? A resposta, provavelmente, é não.
O salario mínimo foi aumentado de 485 euros para 530 euros mensais (9,2%). Ora, a produtividade de um trabalhador pode subir 9% em um ano? Dificilmente. Logo, o Estado ou a empresa terão de se endividar.
Mas aumentar os salários não faz crescer o consumo, e assim a economia? Em parte, sim, mas parte desse acréscimo de rendimento irá para importações, desequilibrando a nossa balança comercial, e endividado mais o país, A única solução é exportar mais e melhor.
Se eu tivesse de escolher um, e um só, mérito do governo Coelho/Portas, seria justamente o equilíbrio das contas externas do país. Hoje, Portugal exporta mais capital do que importa. Atenção, não confundir com o défice do Estado, que continua muito desequilibrado (e, graças aos bancos, com tendência a agravar-se).
Talvez eu me engane, e Centeno e a sua equipa mantenham as contas em equilíbrio. Aliás, espero estar enganado. Só não acredito em milagres financeiros