“Marcelo tem à partida uma vantagem e um risco. A vantagem é que não há neste momento sondagem nenhuma que lhe dê um resultado abaixo de 50%. O risco é o da abstenção: se for alta, Marcelo é prejudicado. Se for baixa, será beneficiado”, salientou ontem o comentador, na SIC.
Quanto aos outros candidatos, Marques Mendes considera que, no balanço dos mais de 20 debates televisivos, “vê-se que Sampaio da Nóvoa está mais confiante e Maria de Belém mais em desespero”. Isto vê-se, na sua opinião, “pelos apoios que tem havido a Nóvoa, que está a conseguir ‘esvaziar’ os candidatos do Bloco de Esquerda e do PCP”, enquanto a Maria de Belém as coisas não estão a correr tão bem: “Irritou-se com as alusões ao facto de ter trabalhado para o Grupo Espírito Santo Saúde, depois a sua candidatura alimentou a ideia de que teria o apoio de Guterres, o que não se confirmou, e depois teve aquele discurso ridículo de que levaria os chefes de Estado estrangeiros a almoçar a lares de idosos”.
De resto, frisou, tanto Nóvoa como Belém lutam pelo segundo lugar e tentam forçar uma segunda volta, algo que só aconteceu há 30 anos, quando Mário Soares acabou por levar a melhor sobre Freitas do Amaral.