“Infelizmente, a situação que se pôs com a necessidade de intervenção no Banif coloca dificuldades na saída do procedimento por défices excessivos”, disse Mário Centeno no final do Eurogrupo de hoje, onde teve uma reunião sobre o tema com o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, Fiscalidade e União Aduaneira, Pierre Moscovici.
A injeção de 2,2 mil milhões de euros no Banco, no final do ano passado, deve levar o défice um valor acima de 4%. Contudo, António Costa e o próprio ministro tinham dado indicações de que a operação poderia ser contabilizada como uma despesa extraordinária, que não contaria para efeitos do défice excessivo.
Agora, Mário Centeno revelou que essa ambição está mais longe. “O que as regras dizem dificulta de facto essa saída em 2015”.
Portugal está desde 2009 sob um PDE, que implica vigilância reforçada da Comissão Europeia no que diz respeito a medidas orçamentais. A decisão sobre a saída só será tomada depois de março, quando o Instituto Nacional de Estatística revelar as contas finais de 2015 e o Conselho Europeu se pronunciar sobre o tema.