É tempo de marcação cerrada a Marcelo Rebelo de Sousa. A caravana de Sampaio da Nóvoa parou em Abrantes para um almoço-comício com apoiantes e o prato forte da intervenção foram mesmo os ataques ao candidato da direita. Nóvoa estranha que haja candidatos que descartem o apoio dos partidos que lideraram, numa farpa que seguiu direitinha para o ex-líder do PSD.
"É o calculo politico, é o taticismo, é uma forma de fazer política levada ao extremo. É a ingratidão de quem, precisando do voto das pessoas que tiveram sempre ao seu lado, agora as descarta para nao estragar o show de uma campanha vazia", afirmou o ex-reitor da Universidade de Lisboa que, mais uma vez, garantiu nunca ter esperado o apoio de partidos para avançar, nem pelo resultado das legislativas de 4 de Outubro.
"Anunciei a minha candidatura sem estar à espera de apoios partidários e sem estar a fazer cálculos com o resultado das legislativas. Votamos em nomes e não em partidos. Mas nunca vimos um candidato dizeràs pessoas do partido do qual foi presidente 'não apareçam, por favor não se juntem'", disparou Sampaio da Nóvoa.
O candidato presidencial, que começou o dia com uma visita a uma fábrica de cortiça, em Coruche, e com a inauguração da sua sede de candidatura naquele concelho, voltou a falar em viragem na campanha, sublinhando a sua convicção de que irá disputar a segunda volta e vencer no dia 14 de Fevereiro.
"Quando alguns pensabem que não ia haver luta, conseguimos ir a jogo e ir ao terreno do jogo. Se há uma candidatura que tem sido capaz de trazer as pessoas para a campanha, esta candidatura é a nossa", observou, apelando ao voto para "demonstrar que é possível ganhar estas eleições a partir do chão da democracia". Pedido de um candidato que sonha ser um Presidente-cidadão.