Excedente de pilotos na Portugália foi o resultado do fim desta marca, que passa a ser TAP Express. Esta situação acontece porque parte dos 17 novos aviões fornecidos pela Azul, empresa brasileira detida por David Neeleman, ficarão a ser operados por uma empresa externa, a White – do grupo OMNI, e não pelos pilotos da Portugália.
Contactada pelo i, a TAP garante que, apesar desta situação, não haverá despedimentos no seio dos trabalhadores da Portugália. Uma situação confirmada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil. “Uma das primeiras coisas que o sindicato quis perceber foi como ficaria a situação dos pilotos com a redução do número de aeronaves. Mas os acionistas mostraram-se muito sensíveis a esta questão.
Os postos de trabalho estão assegurados”, afirmou David Pais, presidente do sindicato, acrescentando que os pilotos ficam ainda com a possibilidade de se candidatarem à TAP. “Não é nada imposto, mas os que assim quiserem vão poder concorrer à TAP. Sendo que os postos de trabalho estão sempre assegurados no seio da Portugália”, assegura David Pais, sendo que para isto os pilotos têm de fazer testes.
Mas o excedente de pilotos não foi a única questão levantada pelo nascimento da TAP Express. Também a subcontratação da White, que fica com oito aviões, está a levantar dúvidas.
O i sabe que esta situação foi desde início uma preocupação e uma dúvida para os trabalhadores. David Pais esclarece que a questão já foi colocada. “Sabemos que são opções estratégicas de negócio, mas queremos informação objetiva. Queremos saber porque há uma parte externalizada”, acrescentando: “Os pilotos vêm com alguma estranheza isto acontecer e o que querem é obter informação”.
Uma situação que a TAP esclarece e garante que se trata de uma estratégia simples e objetiva: “A TAP trabalha com aviões a jato e como tal os aviões que são a turbo-hélice (ATR) ficam com esta empresa”.
À margem destas questões, as negociações para a reversão da TAP continuam e o acordo parece estar mais próximo do que nunca, principalmente, depois de o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, ter admitido “a possibilidade de partilhar a gestão com o consórcio, como aconteceu nos últimos anos, em que o Estado não interferiu na gestão”.