O relógio marcava 18h50 em ponto quando Sampaio da Nóvoa chegou à sede da sua candidatura, em Lisboa. Pilar del Rio, Edite Estrela e Vasco Lourenço são alguns dos apoiantes que aplaudiram a entrada do candidato. Nóvoa não quis fazer grandes comentários à entrada. Ainda assim, e sob um forte apluaso dos apoiantes, fez questão de admitir que estar com "muita confiança, alegria e tranquilidade". Com um sorriso rasgado.
Questionado sobre qual o candidato que vai beneficiar mais com a abstenção, Sampaio da Nóvoa remeteu a resposta para mais tarde. "Nõ sei. Pergunte-me isso daqui a uma hora e pouco", arrumou.
Sobre o discurso que fará daqui a algumas horas – se de vitória ou de derrota – o ex-reitor da Universidade de Lisboa adiantou que a reação será preparada depois das 20h, altura em que serão projetados os resultados eleitorais destas presidenciais.
"Vai ser tudo feito na hora. Não vale a pena pensar em muitos cenários. Vale a pena estar disponível e com alegria. Foi sempre assim e será assim até ao último minuto", respondeu.
Também Pedro Delgado Alves, diretor de campanha, fez uma primeira reação às projeções da abstenção. O deputado socialista começou por destacar o facto destas eleições terem sido marcadas pelo "civismo" e pela "democracia", sem incidentes, sublinhando ainda a adesão dos portugueses que, segundo as projeções, terá sido maior do que nas últimas presidenciais, em 2011.
Ainda assim, Pedro Delgado Alves chamou a atenção para os eleitores fantasma que constam dos cadernos eleitorais.
"Pensamos sempre que a abstenção é mais alta do que é na realidade. Os resultados da abstenção apesar de revelarem resultados mais positivos, seguramente são marcardos pela presença de eleitores que deles não deveriam constar", frisou Pedro Delgado Alves, numa primeira reação à projeção dos números da abstenção.