O PS comprometeu-se com a reposição das 35 horas de trabalho este ano, mas o diploma que entregou na Assembleia da República tinha julho como data de entrada em vigor. Os sindicatos, quer da CGTP quer da UGT, contestaram o adiamento e marcaram greve para 29 de janeiro.
Agora, depois de sinais de recuo do PS, a federação da UGT demarca-ase do protesto "considerando que estão reunidas algumas condições" para a reposição de 35 horas de trabalho
Depois de reuniões da FESAP com o grupo parlamentar do PS, de contactos com outros partidos, e das declarações do primeiro‐ministro sobre esta matéria no último debate quinzenal, "foram invocadas pelos sindicatos da Federação como sinais suficientemente fortes para, no imediato, preterir a via da confrontação em prol da via negocial", refere um comunicado da FESAP.
José Abraão, dirigente desta estrutura sincial, sublinha que o governo já tornou público que o governo antecipará a entrada em vigor da legislação. que assim já não se dará no dia 1 de julho. "O diploma final das 35 horas terá melhorias face à proposta inicial", acrescentou.
Quanto à Frente Comum, afecta à CGTP, mantém o protesto para esta sexta-feira. "A questão das 35 horas está no parlamento e uma das leis [PS] tem elementos com os quais não concordamos. As condições para a convocação da greve mantêm-se", disse Ana Avoila.