Esta medida, apesar de diminuir o fluxo de refugiados nos países que a adotam, significa um grande problema: o colapso do espaço Schengen.
Com a urgência de salvar Schengen e combater a crise migratória na União Europeia, os ministros do Interior da União Europeia debateram esta semana em Amesterdão algumas medidas prioritárias.
No centro dessa reunião esteve a Grécia, que foi acusada por vários países europeus de não controlar devidamente as entradas, havendo ainda alguns países que defenderam que a Grécia deve mesmo ser expulsa do espaço Schengen.
«O fato é que queremos salvar Schengen, queremos soluções europeias comuns, mas o tempo está a esgotar-se», disse o ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière.
Desde o início de 2016, cerca de 35 mil pessoas atravessaram a fronteira da Grécia com a Turquia. O número é já vinte vezes superior a igual período do ano passado.
Ainda esta semana, a Suécia e a Alemanha, os dois países europeus que mais pedidos de asilo têm recebido durante esta crise migratória, tiveram de tomar medidas extremas.
Nesse sentido, a Suécia prepara-se para expulsar do seu território entre 60 mil a 80 mil pessoas que pediram asilo no país e que deverão ver o seu pedido rejeitado. A notícia foi avançada na quinta-feira pelo ministro sueco do Interior, Anders Ygeman, que adiantou que os refugiados terão mesmo de sair e que, por isso, há apenas duas hipóteses em cima da mesa: ou deixam a Suécia voluntariamente ou têm de ser deportados à força.
Também a Alemanha endureceu as regras de acolhimento dos migrantes, dificultando a união das famílias. «Assim que o segundo pacote entre em vigor, os refugiados que têm proteção subsidiária não poderão trazer familiares durante dois anos», garantiu a chanceler alemã, Angela Merkel. A Alemanha faz ainda distinção entre países seguros e em risco. Assim sendo, os requerentes de asilo que provenham de países em risco terão prioridade perante os outros.