Um dia de festa rija na capital que ficou esquecido no calendário. É que tudo mudou desde então: Villas-Boas hoje treina o Zenit, na companhia de Hulk, Vítor Pereira é técnico principal do Fenerbahce e James joga ao lado de Ronaldo no Real Madrid. O pior foi para o clube. Nos últimos 4 anos, a prova rainha do futebol português não voltou a contar na final com a presença dos dragões.
No caminho para o Estádio Cidade de Barcelos, esta quarta-feira, o técnico José Peseiro lê o artigo do i e faz contas à vida. O objetivo é contrariar a tendência dos últimos anos na Taça, mas o desafio perfila-se proporcional à diferença de estatuto para o adversário. Até porque os últimos dois confrontos com equipas de um escalão inferior terminaram em derrota (1-0 com o Famalicão e 2-0 com o Feirense). Mas isso é passado (será?).
Joga-se o primeiro embate das meias-finais e o Gil Vicente puxa dos galões: já eliminou Tondela (2-1) e Nacional (1-0) e ainda não perdeu em casa esta época. 39 anos depois, o 5.º classificado da II Liga chega a esta fase perante a ameaça de uma equipa amedrontada pelos próprios fantasmas: apenas 3 vitórias nos últimos sete jogos longe do Dragão.
Mais do que revitalizar o cenário dos duelos fora de portas, a equipa de Peseiro tem ainda interesse em arrumar já a eliminatória, uma vez que a segunda mão da Taça (1, 2 ou 3 de Março) está marcada para uma altura de campeonato em que os dragões regressam do Restelo (28 fevereiro) e preparam a ida à Pedreira (6 de março).
O Braga só entra em campo amanhã, na outra meia-final, e tem pela frente o maior adversário das últimas duas semanas. Depois da vitória caseira para o campeonato (5-1) a 24 de janeiro e do nulo três dias depois em Vila do Conde para a Taça da Liga, conseguirão os guerreiros do Minho voltar a remar contra a maré do Rio Ave?