O mais recente foi detetado no Texas, EUA. Não foram dados grandes pormenores, mas foi avançado que houve confirmação laboratorial da existência de uma pessoa infetada com zika depois de ter relações sexuais com um indivíduo que tinha regressado recentemente da Venezuela.
O outro caso de transmissão sexual também tinha sido detetado nos Estados Unidos, mas oito anos antes de se ouvir falar mundialmente no vírus. Um biólogo chamado Bryan Foy foi estudar insetos e malária no Senegal, e quando voltou para casa, no Colorado, ficou doente. Pouco tempo depois, foi a mulher. Os sintomas eram os mesmos, parecia uma doença tropical, mas a doença era diferente das que eram conhecidas na altura.
Como os filhos do casal não foram afetados, chegou-se à conclusão de que a mulher tinha sido infetada através de relações sexuais. Foram guardadas amostras do sangue de ambos e, anos mais tarde, com o surgimento do zika, foram analisadas. Deu positivo.
Um outro caso aconteceu em 2013 na Polinésia, onde se registou um surto da doença. Um homem tinha tido zika, mas as suas análises sanguíneas já não revelavam a presença do vírus. Mostrava alterações nos testículos e o seu sémen foi testado, revelando a presença do vírus, tal como a sua urina.
“Agora que sabemos que o zika pode ser transmitido pelo sexo, aumenta a necessidade de educar o público para se proteger, a si e aos outros” comentou o responsável pelo departamento de Saúde do Texas. “Depois da abstinência, os preservativos são o melhor método para prevenir infeções sexualmente transmitidas”, acrescentou.
Também o Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças do país vai mudar as suas recomendações para quem viaja para zonas de risco, promovendo o uso de preservativo durante as relações sexuais. Apesar de tudo, recordam que a picada do mosquito Aedes é o principal fator de propagação da infeção.