Donald Trump perdeu mas não as suas habilidades políticas

Alguma coisa teria de acontecer. Donald Trump não ia deixar a sua derrota no Iowa sem resposta durante muito tempo. E tão certa como as horas marcadas num relógio atómico, ela chegou ontem com acusações de fraude eleitoral e por uma das armas preferidas de Trump, o Twitter.

“Com base na fraude cometida pelo senador Ted Cruz durante o caucus do Iowa, ou se realiza uma nova eleição ou os resultados dele devem ser anulados.” Não é previsível que passe de um truque para norte-americano ler, mas é uma prova – se ela faltasse – de que o milionário nunca desiste e usa as suas armas sempre com a mesma eficácia.

Mas no lado conservador já houve quem tirasse consequências de um resultado negativo na primeira volta da escolha de um candidato do partido às presidenciais de novembro. Na segunda-feira foi Mike Huckabee a sair de cena, ontem Rand Paul seguiu-lhe o exemplo. “Hoje vou terminar onde comecei, pronto e com vontade de lutar pela causa da liberdade”, anunciou em declaração. Como prémio de consolação considerou que “foi uma honra incrível ter participado na campanha principal para a Casa Branca”.

A primeira volta foi mesmo tão pouco monótona que até deu azo a um “mito urbano” sobre a vitória de Hillary Clinton que, reportaram alguns meios de comunicação, teria ganho por uma moeda ao ar. Por estranho que pareça, esse sistema é mesmo usado, mas na metade dos caucuses (cerca de 800) que usaram uma app que permite identificar o método de escolha final do vencedor foi Bernie Sanders quem ganhou seis dos sete desempates que usaram este método. Clinton só conseguiu um.