O projeto de lei dos comunistas para repor as 35 horas de trabalho na administração pública, aprovado na generalidade na Assembleia da República, deixa claro que o PCP “apresentará ainda em momento posterior uma proposta no sentido de reduzir progressivamente o período de trabalho dos trabalhadores do setor privado para as 35 horas, sem perdas de remunerações nem de outros direitos”.
O Bloco de Esquerda também já esclareceu que é favorável a que, no futuro, as 35 horas sejam aplicadas ao privado. A eurodeputada Marisa Matias defendeu na campanha eleitoral que as “35 horas semanais de trabalho devem ser um caminho que deve ser feito quer no setor público quer no setor privado”.
O diploma do PEV, que também foi aprovado na generalidade juntamente com os projetos do PS, PCP e bloquistas, “visa instituir as 35 horas de trabalho como o limite máximo semanal dos períodos normais de trabalho, quer no setor privado, quer no setor público”. O PS vai, porém, travar a intenção do PEV de estender a redução do horário de trabalho ao privado. “O PS não viabilizará a aplicação do regime [máximo] das 35 horas ao setor privado”, esclareceu ao “Negócios” a deputada socialista Luísa Salgueiro.