"As pessoas têm de se registar mas não estão detidas, e muitas vezes prosseguem o seu projeto migratório que já tinham delineado na sua cabeça", disse a ministra da Administração Interna, que intervinha na comissão parlamentar de Assuntos Europeus.
A ministra explicou também que estão a ser analisados 90 pedidos de recolocação de refugiados. Portugal disponibilizou-se a acolher "um número bastante elevado" de refugiados, mas até agora apenas recebeu 30, afirmou.
Constança Urbano de Sousa disse ainda que Portugal não tem sido muito restritivo em relação à seleção de imigrantes e que não têm chegado mais pessoas por o processo de recolocação não estar a funcionar corretamente.
Este processo começa com as autoridades gregas e italianas a fazerem uma triagem, recolhendo informações sobre as pessoas que ali se encontram à procura de refúgio. O problema surge quando, “na Grécia, dos cinco Centros previstos só o de Lesbos está a funcionar" e, na Itália, "dos seis Centros apenas três estão operacionais", explicou a ministra.
Recorde-se que ficou acordado que seriam recolocados 160 mil refugiados a partir de Itália e da Grécia. No entanto, segundo os dados divulgados na terça-feira, apenas 491 pessoas foram recolocadas, revelou a governante.