O magnata adquiriu Number 17A, obra de 1948 de Jackson Pollock, por 200 milhões de dólares. Os restantes 300 milhões foram para Interchange, obra de Willem de Kooning de 1955, que acaba de tornar-se a obra de arte mais cara de sempre, igualando Nafea faa ipoipo, de Paul Gauguin, comprada em fevereiro de 2015 pelo governo do Qatar.
Apesar de o negócio apenas se ter tornado público durante a madrugada de quinta para sexta-feira, a compra foi feita durante o outono passado, daí que já seja possível apreciar as duas peças nas paredes do Instituto de Arte de Chicago, local onde Kenneth Griffin decidiu colocá-las depois de as adquirir à fundação do filantropo norte-americano David Geffen.
O CEO da Citadel é o gestor de fundos mais bem pago de Wall Street, com uma fortuna pessoal que se diz rondar os 7.500 milhões de dólares. Griffin podia bem utilizar a sua conta bancária para outros fins, mas já se percebeu que o seu amor pela arte não é coisa pouca. Na sua coleção pessoal existe, por exemplo, uma obra do artista alemão Gerhard Richter adquirida há cerca de um ano por 46 milhões de dólares.
Griffin é também administrador do Instituto de Arte de Chicago desde 2004, para o qual contribuiu com obras de melhoramento e ampliação. E não fica por aqui. O mecenas, ainda que opere a partir de Chicago, doou, no passado mês de dezembro, 40 milhões de dólares ao Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, uma das maiores contribuições privadas alguma vez feitas à instituição. Não nos espantemos se daqui a uns meses voltar a bater recordes.