Também o número de empresas insolventes em Portugal cresceu 15,8% face ao mesmo mês de 2015, confirmando a tendência de crescimento sentida desde junho do ano passado.
Ou seja, no arranque deste ano, a dinâmica empresarial em Portugal apresentou um comportamento menos positivo do que nos dois anos anteriores. No indicador de insolvências, a nota foi de crescimento em janeiro de 2016, mês em que se registaram 689 empresas insolventes em Portugal, numa subida de 15,8% face ao mesmo mês de 2015. Nos meses de janeiro, após uma tendência de crescimento registada entre 2008 e 2013, os anos de 2014 e 2015 haviam sido de quebra homóloga, agora interrompida pelo primeiro mês de 2016. Não obstante o retomar da tendência de subida, as insolvências em janeiro deste ano permanecem, em termos absolutos, abaixo de iguais meses dos anos 2013 e 2014, quando foram atingidos picos de, respetivamente, 742 e 737 insolvências.
Os dados foram divulgados pela IGNIOS no “Observatório de Negócios, Insolvências, Créditos Vencidos e Constituições”. De acordo com António Monteiro, CEO da empresa, “é ainda cedo para determinar se esta é uma tendência que ganhará corpo no decurso do ano, mas é certo que o percurso de subida já tem vindo a ser evidente desde meados do ano passado”. Para António Monteiro, é ainda claro que “o comportamento da economia e, especialmente, da procura interna será determinante para a evolução deste indicador, até tendo em conta que foi nos setores dependentes desta última que se registaram quer a maioria das insolvências, quer também as maiores reduções nas constituições de empresas”.
Também a constituição de empresas mostrou uma performance menos animadora no início do ano, com 4077 empresas criadas em janeiro, ou seja, menos 10,1% do que no mesmo mês de 2015. Em termos setoriais, o único aumento relevante em termos homólogos foi na área do alojamento e restauração.