A pequena máquina integra um ecrã semelhante ao dos smartphones, pesa 250 gramas, tem dez centímetros de comprimento e quatro de profundidade, e pode ser levado para qualquer cozinha para medir, em apenas três minutos, a quantidade de sal das refeições, por exemplo, em cantinas de escolas, infantários, hospitais, lares de idosos ou restaurantes.
Os investigadores da Universidade do Porto patentearam-no este mês e o objetivo é que no futuro seja desenvolvido um procedimento automatizado (agitação da amostra, juntar os vários componentes), como numa ‘bimby’, um robot de cozinha usado pelo mundo fora.
Isso mesmo destaca a DGS, apresentando-o como “um mecanismo inovador a nível mundial, adaptado à realidade portuguesa, (…) que pode ser levado para qualquer cozinha permitindo medir em poucos minutos a quantidade de sal das refeições em cantinas de escolas, infantários, hospitais, lares de idosos ou restaurantes”.
É “um instrumento que poderá mudar a nossa perceção face ao sal nas refeições e mudar o grau de indiferença de muitos portugueses, relativamente àquele que é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo”, acrescenta.
Cinco gramas por dia Refira-se que a ingestão de sal não deve ultrapassar cinco gramas por dia, mas há crianças em Portugal a consumir 17 gramas de sal por dia e adolescentes a consumir 22 gramas de sal por dia através de ‘pizzas’, chourição e pastelaria, indicam estudos recentes. A população portuguesa, apesar de consciente dos malefícios do consumo de sal em excesso, ainda não está suficientemente motivada para alterar os seus hábitos de consumo. Além disso, 3 em cada 4 portugueses não sabem identificar quais os alimentos que são fontes de sal.