1.1.Desta feita, o Bloco de Esquerda – a caminhar já para a Páscoa – montou um filme de comédia B: contudo, este é tão mau que se tornou num filme de terror. Referimo-nos – claro está – ao cartaz do Bloco comemorativo da promulgação da lei de adopção gay, o qual declarava que Jesus Cristo também tinha…dois pais.
2.Ora, este cartaz é lamentável. Será que deveria ser interdita a sua publicação? Claro que não: preferimos um cartaz lamentável, altamente censurável, de um mau gosto surreal – do que uma política de “bom gosto” avaliada por burocratas serviçais do poder político e de outros interesses mais obscuros. Além disso, este cartaz permite aos portugueses conhecer a verdadeira natureza dos bloquistas – vazios de conteúdo político; embriagados de insensatez e de intolerância democrática. E permite ao autor destas linhas afirmar, sem qualquer dúvida, que o Bloco de Esquerda pratica actos políticos estúpidos. O direito à estupidez é um direito decorrente do princípio democrático e a liberdade de expressão é uma regra básica do funcionamento do jogo democrático.
3.Ademais, o cartaz é muito curioso: primeiro, mostra que o Bloco de Esquerda tem um preconceito contra os homossexuais; segundo, revela, para surpresa de muitos, que o partido da extrema-esquerda é profundamente católico.
3.1.O Bloco de Esquerda é homofóbico. Estaremos a ser demasiado radicais nesta nossa asserção? Julgamos que sim: no entanto, estamos apenas a utilizar a técnica de argumentação política dos bloquistas que consiste em apelidar de “fascistas” ou “homofóbicos” sempre que alguém (inteligentemente) escreve ou diz algo que vai contra a cartilha oficial do Bloco de Esquerda. Se o Bloco de Esquerda pode chamar homofóbico a quem quer – nós também nos arrogamos no direito de classificar este partido como homofóbico.
3.1.1. E, neste caso, com plena razão: é que o “primeiro pai” de Jesus Cristo é Deus, Nosso Senhor. Tem natureza divina – e sucede que Deus é também meu Pai. Por conseguinte, somos todos irmãos: une-nos uma ideia essencial de humanidade e de comunhão na vida. O Bloco de Esquerda esquece-se, no entanto, que Jesus também tem uma Mãe. Logo, significa que o Bloco de Esquerda reconhece implicitamente que o ideal é a criança ter um Pai divino, um pai biológico ou adoptivo – e uma mãe biológica ou adoptiva. Ou seja, o modelo perfeito de família para o Bloco de Esquerda é a família heterossexual. Segundo o critério dos bloquistas, o Bloco de Esquerda assumiu uma posição homofóbica.
4. O Bloco de Esquerda é crente: ao dizer que Jesus Cristo tem dois pais, está a reconhecer implicitamente que acredita em Deus, Nosso Senhor. Afinal, os bloquistas – que sempre se assumiram como ateus – renderam-se à palavra e ao amor do Senhor. Para nós, esta conversão é uma alegria: a evangelização e a adesão à “boa nova” é um sinal de esperança e de crença no futuro da humanidade. Nunca é tarde demais para acolher a mensagem de Deus e de Jesus Cristo. O Bloco de Esquerda rendeu-se à força e à mensagem libertadora e de redenção de Jesus Cristo.
5. Quanto ao mais, que Deus perdoe o Bloco de Esquerda pelo seu preconceito contra os homossexuais e pela relativização que fazem do interesse superior da criança. E por tudo o resto. Perdoai-lhes Senhor: eles não sabem o que dizem. Nem o que fazem…