A crise migratória tem causado algumas divergências entre vários países da Europa.
Desta vez a tensão é entre Grécia e Áustria. Nesse sentido, a Grécia convocou o seu embaixador na Áustria para discutir as divergências entre os dois países devido ao enorme fluxo de refugiados.
“Em virtude de uma decisão do ministro grego das Relações Exteriores, Nikos Kotzias, a embaixadora da Grécia em Viena foi chamada para consultas para conservar as boas relações entre os dois países e os povos da Grécia e da Áustria”, avança um comunicado.
O anúncio grego surgiu antes de uma reunião dos ministros da União Europeia, realizada ontem em Bruxelas, com o principal objetivo de obter uma política migratória comum para todos os países da União Europeia.
Ao chegar a Bruxelas, o ministro grego da Política Migratória, Yannis Mouzalas, fez questão de deixar bem claro o papel grego. “A Grécia não aceitará ações unilaterais. A Grécia também pode empreender ações unilaterais”, disse o ministro grego. “A Grécia não aceita converter-se no Líbano da Europa”, acrescentou.
Depois dessa reunião, comissário europeu para as Migrações, Dimitris Avramopoulos, foi claro. “A União Europeia tem 10 dias para baixar significativamente a entrada de migrantes e refugiados da Turquia ou há o risco de todo o sistema quebrar completamente”, disse Avramopoulos.
A revolta grega surgiu depois de a Áustria ter organizado na quarta-feira um encontro com os países dos Balcãs para discutir a crise migratória. A Grécia não foi convidada para esse encontro. Atitude essa que o país considerou “hostil”.
A Grécia está também descontente com as medidas de controlar a entrada de refugiados da Áustria, Sérvia e Macedónia, o que faz com que a Grécia tenha que suportar um fluxo maior.