Segundo uma fonte ligada à instituição, a criança “foi retirada com o consentimento da mãe, não por suspeitas de anomalias mas pelas necessidades que a situação trágica arrasta”. “A criança está a ser observada pela comissão e será, de seguida, internada num centro de acolhimento onde a mãe a poderá visitar”.
Jovem estava sinalizado desde 2011
Os pais de Rodrigo separaram-se em 2011. Nessa altura, Célia Barreto terá apresentado uma queixa de maus tratos do pai ao filho na CPCJ de Lagoa. Rodrigo estava, portanto, sinalizado desde então. Posteriormente, houve outra queixa por maus tratos na mesma comissão.
O divórcio do casal apenas se deu em novembro de 2014. Apesar da queixa e da medida cautelar de acompanhamento, Rodrigo viveu até 2015 com o pai, Sérgio Lapa, perto de Lagoa. Ir morar com a mãe, no sítio da Venda, em Portimão foi uma decisão do jovem. Depois de mudar de residência, Rodrigo continuou a estudar em Lagoa por estar a completar um curso profissional de cozinha, que apenas existe naquele local. O seu processo transitou, entretanto, para Portimão.
A presidente da CPCJ de Portimão, Ana Vicente, admitiu que o processo de Rodrigo chegou a esta delegação há um mês. A responsável lamenta ainda que os pais tenham omitido alguns pormenores sobre a conduta do jovem, nomeadamente o facto de Rodrigo fumar drogas leves. Os pais tinham conhecimento da situação, tanto que quando o adolescente foi dado como desaparecido, a 22 de fevereiro, um dos primeiros locais onde o Sérgio Lapa procurou o filho terá sido uma fábrica abandonada onde o jovem costumava consumir ‘charros’.