Autor do Plano de Salvaguarda e Valorização da Ajuda – Belém, de 1989, encomendou a Gonçalo Byrne um projeto para conclusão do Palácio da Ajuda. Posteriormente, presidiu à Junta Autónoma de Estradas/Instituto de Estradas de Portugal.
Em 2006 assumiu a liderança da Parques de Sintra – Monte da Lua, onde se notabilizou como gestor cultural. Raquel Henriques da Silva, no artigo citado, chamou a esta «a mais inovadora experiência de gestão cultural em Portugal, traduzida em factos: a valorização do Castelo dos Mouros e envolvente, a renovação museológica e museográfica do Palácio da Pena, o restauro integral do Palácio de Monserrate e do Chalet da Condessa de Edla, a aquisição de novas propriedades, o restauro e renovação dos jardins, matas e florestas».
O seu plano para Belém preconizava, tal como aconteceu em Sintra, uma gestão integrada, com partilha de recursos e serviços. Oobjetivo era cativar para o CCB os turistas que visitam outros monumentos da zona (só o Mosteiro dos Jerónimos recebe anualmente meio milhão), tendo encomendado estudos que permitissem tirar ilações e montar uma estratégia nesse sentido. Sabe-se que alimentava há muito o desejo de encontrar uma solução que aproximasse as duas partes de Belém separadas pela linha de caminho-de-ferro, eventualmente enterrando aquela.
O seu irmão, o falecido arquiteto José Manuel Garcia Lamas, foi responsável pelo plano do Martim Moniz e autor dos centros comerciais daquela praça. Os irmãos Lamas descendem de Frederico Ressano Garcia, que pôs em prática o maior plano de renovação urbanística em Lisboa do século XIX.