"Acho sinceramente que não se deve criar um incidente em torno desta matéria. Se as minhas palavras foram interpretadas de forma ambígua, queria clarificar esta manhã: não, não há sdsdnenhuma mudança na nossa posição, há confiança na capacidade do Governo em integrar as opiniões da Comissão e as recomendações do Eurogrupo", referiu Pierre Moscovici na conferência de imprensa no final de uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin).
Quando aprovou o Esboço do Orçamento português, o Eurogrupo indicou que o Governo português teria de adoptar medidas adicionais “se” necessário. Ontem, Moscovici pareceu ser mais assertivo, dizendo que não é uma questão de “se” mas de “quando” – o que indicaria que o plano B seria afinal uma inevitabilidade.
Na conferência de imprensa realizada no final de mais uma reunião dos ministros das Finanças da zona Euro, o comissário foi taxativo: “Essas medidas terão de ser implementadas”. “Eu estarei em Lisboa na quinta-feira para discutir isso com o ministro das Finanças e o primeiro-ministro”, acrescentou.
Agora, o comissário clarifica que não há nada de novo na posição e pede que não se discuta “duas palavras, quando na verdade só há uma”. “Vou ser claro: não há absolutamente qualquer mudança na nossa posição e não há absolutamente qualquer mudança na minha posição. A opinião da Comissão foi adotada há três semanas, e foi totalmente apoiada pelo Eurogrupo. Foi muito bem compreendida pelas autoridades portuguesas, com as quais estou em contacto muito estreito, muito construtivo e quase permanente", disse, afirmando-se "absolutamente confiante de que tudo será refletido no orçamento que será adotado nos próximos dias".
Centeno recusa mais medidas
O ministro das Finanças português, Mário Centeno, reafirmou confiança na execução do Orçamento e rejeitou mais uma vez a necessidade de implementar medidas adicionais para cumprir os critérios do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
O ministro das Finanças disse em Bruxelas que “não há, como é claro, nenhuma alteração na avaliação que, quer a Comissão, quer o Eurogrupo, fazem do Orçamento de Estado português”, cuja execução está em linha com o previsto.