E também ainda não é candidata anunciada às autárquicas do próximo ano. Ainda assim, notícias recentes, nomeadamente do Expresso, adiantavam que a ex-ministra e futura sucessora de Paulo Portas pode ser candidata do CDS à Câmara de Lisboa. Na sua moção de estratégia, com que se apresenta a votos no partido, Cristas admite que o Poder Local deve ser uma aposta forte do CDS. E que a orientação política, ou seja, se o CDS deve ou não concorrer em coligação com o PSD, e em que autarquias, será definida nos órgãos próprios mais tarde.
Mas parece que nas entrelinhas já se dá como adquirido que a ex-ministra poderá mesmo ser candidata a Lisboa. João Gonçalves Pereira, vereador do CDS precisamente na capital, deu conta disso mesmo. Quando subiu ao palco do pavilhão multiusos de Gondomar, onde decorre até amanhã o 26º Congresso do CDS, Pereira lembrou os desafios do partido em 2017: "A mensagem do CDS tem de chegar, nas freguesias do país inteiro, às casas das pessoas". Recusou referir-se à estratégia eleitoral mas deixou escapar que em Lisboa, se o CDS for sozinho, o partido terá uma candidata e não um candidato.
"No caso de em Lisboa não haver coligação, o CDS terá uma grande candidatura e provavelmente uma grande candidata", afirmou João Gonçalves Pereira perante os congressistas. A escolha do género não deixou ninguém indiferente. A candidatura de Cristas a Lisboa começa a pairar sobre o partido. E as autárquicas serão, para Cristas, o primeiro grande teste da sua liderança. Resta saber se quererá ver o sue nome inscrito nos boletins de voto e deixar que sejam também os eleitores de Lisboa, no caso, a avaliar a sua liderança. Se assim não for, o CDS encarregar-se-á de avaliar os resultados eleitorais.