No final da sua longa intervenção no 26º Congresso do CDS, hoje, em Gondomar, o líder cessante do CDS disse acreditar na liderança de Assunção Cristas. A ex-ministra da Agricultura, que é amanhã eleita líder dos centristas, será "a safe pair of hands" ("Um par de mãos seguras") que irá "tratar bem de Portugal". Portas citava um ditado inglês usado para definir os políticos confiáveis no desempenho de tarefas que exigem particular exigente.
O líder dos centristas não vai assistir aos trabalhos de hoje. Regressa amanhã quando já estiveram contados os votos em Cristas, candidata única. Portas não quer interferir no congresso, que está reunido para lançar as bases dos próximos dois anos. Ainda assim, não evitou o conselho: "não percam demasiado tempo a discutir qual é o lugar de cada um no CDS" e pediu "boa-disposição" com o caminho que o partido começa agora.
Portas fez ainda questão de elogiar a noca geração de quadros do CDS, um partido onde os "cargos não são vitalícios e as oportunidades são permanentes" e o que tem "a mais experiente geração de quadros do sistema partidário" português.
O líder cessante dos centristas, que se manteve durante 16 anos consecutivos no cargo, sai por isso tranquilo em relação ao futuro do seu partido. "Não sou eu que dou um passo atrás. É o partido que dá um passo em frente", disse.