Filipe Lobo d’Ávila provoca Cristas com “ideias”

Filipe Lobo d’Ávila, primeiro subscritor da moção “Juntos pelo futuro: Compromisso com as pessoas”, clarificou hoje perante o congresso do CDS, que está reunido em Gondomar, que os seus adversários não estão sentados no pavilhão multiusos que acolhe os centristas até amanhã.  

“Os nossos adversários não estão aqui”, frisou o dirigente centrista,  primeiro subscritor da moção que reúne os entusiastas da candidatura de Nuno Melo à liderança do CDS, quando o eurodeputado era pressionado a avançar para a sucessão de Paulo Portas e que reúne, entre outros, Altino Bessa, Hélder Amaral ou Raúl de Almeida.
 
O vereador do CDS na Câmara Municipal de Lisboa situou ainda a sua moção. “Não queremos provocar ninguém em especial, queremos provocar o partido com ideias”, afirmou. Entre estas ideias (propostas na moção) estão,  por exemplo, a eliminação do ‘PP’ da silga do partido (CDS-PP) e ainda a limitação da escolha do partido aos cabeças-de-lista quando se tratar de escolher os candidatos a eleições legislativas.
 
À entrada para o conclave, os subscritores desta moção, que recusa ser de oposição a Cristas e que está inevitavelmente ligada a Nuno Melo, ponderavam  a apresentação de uma lista ao Conselho Nacional o que, se se vier a confirmar, obriga Cristas a disputar mandatos no órgão máximo do partido entre congressos.
 
Essa lista, porém, só irá avançar se Cristas não se comprometer, durante o congresso, com propostas da moção liderada por Filipe Lobo d’Ávila. Se for firmado um acordo, a lista não será apresentada. Tudo vai depender do acolhimento ou não da futura líder do CDS, que será eleita amanhã, a essas propostas que surgem sob o desígnio do regresso aos "valores fundadores do CDS"