Nesse caso, o achado pertenceria ao Omã, mas o Estado poderia decidir fazer a concessão da sua exploração a privados. Há, porém, quem também defenda que os navios nunca deixam de pertencer ao país que os detinha originalmente – neste caso Portugal. Em 2007, uma empresa norte-americana de exploração submarina descobriu um navio naufragado ao largo de Portugal com 17 toneladas de moedas de ouro e de prata, no valor de 500 milhões de dólares. O governo espanhol pôs uma ação contra a empresa e um tribunal federal norte-americano deu-lhe razão, tendo o tesouro sido restituído a Espanha em 2012.
Para João Paulo Oliveira e Costa, a propriedade das peças encontradas é uma questão lateral. «O mais importante para nós portugueses não é onde estão esses bens mas que sejam conhecidos. Mais do que reclamar fosse o que fosse, interessa-nos que sejam musealizados, preservados e que se faça edições, e assim todos nós teremos acesso à riqueza que este material encerra. Seja onde for que se faça um museu, se as peças estiverem estudadas e bem conservadas até se poderá um dia, com alguma facilidade, arranjar maneira virem a Portugal numa exposição temporária».
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