"Desde 26 de janeiro, data em que foram conhecidas as medidas do Orçamento de Estado para 2016, que a ANTRAM tem tomado um conjunto de medidas, tendo já reunido por mais que uma vez com o Secretário de Estado do Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade. Uma próxima reunião com o Executivo está agendada para 30 de março, desta feita com o Ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, embora a ANTRAM antecipe que a justificação apontada se mantenha e que reside no facto do preço do petróleo estar atualmente em baixa", revela a associação.
Segundo a ANTRAM, se em Portugal a carga fiscal for superior, as empresas portugueses deste setor terão necessariamente um custo de produção superior aos demais concorrentes europeus. "O Governo já propôs uma majoração do custo com o combustível em 20% (em sede de IRC). Medida que ANTRAM rejeita porque nos termos apresentados não permite atingir o valor que as empresas terão que suportar com o aumento do ISP", salienta.
Atualmente, Espanha é o país que mais garante o abastecimento aos transportadores portugueses. Segundo os números mais recentes, cerca de 80% dos camiões nacionais abastecem no país vizinho, sendo que apenas 10% o fazem em Portugal, seguido de França e Alemanha, com 5% cada. "Números que revelam a perda que a política de combustíveis em Portugal representa para o Estado", conclui.