Do lado dos pais, o discurso também não é unânime. Ora há pais defensores de que os seus filhos sejam testados logo em tenra idade, ora há outros que acreditam que isso pode ser profundamente traumatizante. A mesma coisa com os trabalhos de casa.
Aquilo que raramente se questiona são os métodos pedagógicos que servem de base a todo o nosso sistema de ensino. E os poucos que os questionam, por norma, acabam a ser apelidados de freaks e alternativos, e olhados de lado como se estivessem a prejudicar as suas crianças. Esta semana, o B.I. mostra uma reportagem na Casa Verdes Anos – Casa da Floresta, uma escola, em plena Lisboa, onde as crianças aprendem tudo o que os currículos do Ministério da Educação define como obrigatório, mas que o fazem de forma diferente. E ao mesmo tempo aprendem o que as escolas, ditas tradicionais não ensinam. Não sei se este é um caminho melhor ou pior. Mas bastou-me olhar para os sorrisos destas crianças para perceber que, se calhar, não perdíamos nada em estarmos mais disponíveis para soluções de aprendizagem diferentes. Até porque nós também somos todos diferentes.