Mundo reage: das celebrações do Estado Islâmico à barbaridade vista por Putin

“Bruxelas está a arder”, clamam os apoiantes e militantes do Estado Islâmico nas redes sociais. São os únicos a celebrar num mundo em estado de choque com o terceiro ataque terrorista na Europa em pouco mais de um ano.

“Somos todos bruxelenses”, afirmou o ministro grego dos Negócios Estrangeiros no Twitter, onde afirmou que “a capital da União está sob ataque. Fazemos luto pelos mortos e prometemos derrotar o terror com a democracia”. Na mesma linha, o homólogo germânico recorreu à mesma rede social para lamentar “um dia negro para a Europa”.

O primeiro-ministro de Itália, Matteo Renzi, disse estar de “alma e coração em Bruxelas” enquanto o chefe de governo dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, critica “os desprezíveis ataques”.

O russo Vladimir Putin fala em “crime bárbaros” que “demonstram mais uma vez que o terrorismo não tem fronteiras e ameaça as pessoas de todo o mundo”. O presidente russo diz que “combater este mal requer a mais ativa cooperação internacional”. A mesma opinião tem o primeiro-ministro polaco, Andrzej Duda, que diz ser “um dever de todos” combater estes atos hediondos.

“Chocado com estes ataques” está também o chefe de Governo da Sérvia, Aleksandar Vucic, para quem estes acontecimentos “ameaçam os valores civilizacionais que defendemos”. Até a oposição moderada da Síria, pela voz do Comité para as Altas Negociações, se mostrou “solidária com o povo belga”, apelando a uma “união mundial para derrotar o terrorismo”.

Já no campo dos islamistas, as contas das redes sociais associadas a militantes do EI vão mostrando regozijo com os acontecimentos. “Declararam-nos guerra e bombardearam-nos, nós atacamos dentro do vosso território”, é uma das frases mais repetidas, segundo o Jerusalem Post.