O grupo empresarial confirmou ter sido alvo da operação numa nota divulgada ontem. No comunicado não são citados os nomes envolvidos.
“A Odebrecht confirma que a Polícia Federal cumpriu hoje mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão em escritórios e residências de integrantes em algumas cidades do Brasil. A empresa tem prestado todo o auxílio nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários”, pode ler-se no comunicado divulgado por vários órgãos da imprensa brasileira.
Segundo uma nota da Polícia Federal, “há indícios concretos de que o grupo Odebrecht utilizou-se de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo de câmbio para a disponibilização de tais recursos”.
A imprensa brasileira avança que as investigações envolvem pelo menos 380 polícias federais que cumprem 110 ordens judiciais em vários estados brasileiros como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Baía e Minas Gerais. Estão ainda a ser cumpridos 67 mandados de busca e apreensão, 28 de condução coercitiva e 11 de prisão temporária bem como quatro de prisão preventiva.
Esta fase da operação, intitulada de Xepa, foi autorizada depois de a análise a material apreendido que deu origem à descoberta de indícios de que a empresa mantinha um esquema de contabilidade paralela para pagar subornos.
No início deste mês, o ex-presidente e sócio da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão pela Justiça Federal brasileira. Odebrecht foi acusado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e ainda por integrar organização criminosa. O empresário estava detido desde junho do ano passado, quando decorria a 14ª fase da Operação Lava Jato.
